sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Matrix

Lembro de uma indagação de Morpheus no primeiro filme: "Real? O que é real? Se você define real como aquilo que vc pode ver, tocar, cheirar, ouvir, provar... então real são só sinais elétricos enviados para o seu cérebro". Todos sabemos que o real é mais do que isso. A fenomenologia tenta explicar que o homem, o ser que vê, que ouve, que cheira ou toca, está incluído de tal forma nos fenômenos que é impossível que eles ocorram sem a presença do observador. Claro que o mundo vai continuar existindo depois que você morrer. Porém, a realidade para cada um é única, é totalmente específica para cada pessoa. Não podemos nos excluir de nossa participação na criação da realidade. A gestalt-terapia cuida bem disso. Da tentativa de tornar o homem consciente de seu potencial de criação de realidade, porque isso é importante. Sempre olhar o Agora. Sempre se parte de onde está, não de onde esteve ou de onde estará. Não, o real não são apenas impulsos elétricos, o homem cria muitos fenômenos a partir do contato propiciado pelos estímulos externos e se engaja numa realidade pessoal. A maneira como ele visualiza os fenômenos é sua marca, única...