quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Gestalt e movimento

Em níveis pequenos as gestalten abertas são completamente suportáveis... mas o efeito cumulativo das situações inacabadas pode criar uma crosta dura que aparece como resistência às mudanças. A quebra das barreiras, das crostas, implica em auto-esforço e liberação. É baseada nas filosofias orientais, principalmente o zen-budismo, que a gestalt se apóia enquanto filosofia de vida. É um auto-perceber-se em movimento. Mas o budismo gestáltico requer inclusão e experienciação de si-mesmo, principalmente das sombras, dos medos, daquilo que teimamos em não aceitar. A auto-aceitação é um processo de enfrentamento difícil, de quebra de padrões internos. A gestalt não é superficial apenas por não dar tanta importância às interpretações do inconsciente. A gestalt é profunda justamente por trabalhar o homem como ele é. Não como ele foi. Através dos enfrentamentos de situações resistentes é que a verdade vem à tona... uma verdade pessoal muito mais profunda, limpa, sem o nevoeiro das distorções que teimamos em criar.